Peixe quase fechou a área em Cubatão, vizinha da cidade de Santos (Crédito: Reprodução)

O presidente do Santos, Andres Rueda, lamentou a dificuldade em fechar um terreno para a construção do Centro de Treinamento para as categorias de base e para as Sereias da Vila. Em entrevista especial ao DIÁRIO DO PEIXE, o dirigente citou projetos em Cubatão e na Praia Grande e confirmou que a busca continua.

“Nossa ideia é que o CT atendesse a base e o feminino. A dificuldade do CT é o terreno, procuramos um de 120 ou de 150 mil metros quadrados. A gente esteve muito perto de fechar em Cubatão, mas por problemas políticos não deu certo. Depois estivemos muito perto de fechar na Praia Grande e por problemas de medição também não deu certo. O terreno tinha uma metragem de 140 mil metros e, quando foi se fazer a verificação mesmo, a área aproveitável era 70 mil. O resto da área não poderia ser utilizada”, revelou o dirigente.

No início do ano, o Peixe quase iniciou o projeto na cidade de Cubatão. O clube planejava participar da licitação para a concessão da Centro Educacional e Desportivo Roberto Dick na cidade, mas o Prefeito Ademário Oliveira decidiu suspender a licitação após pressão de políticos e esportistas da cidade.

O Centro Educacional conta com uma pista de atletismo, campo de futebol e uma área total de cerca de 42 mil metros quadrados, mas está subutilizado. O projeto previa a concessão da área para a iniciativa privada por 30 anos, com opção de renovação por mais 30, com contrapartida de investimento de R$ 18,9 milhões no esporte da cidade, incluindo nesse valor uma nova pista de atletismo.

Depois de lançado o edital, que previa a cessão onerosa do Centro Esportivo, a Câmara Municipal de Cubatão instaurou uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar o processo de licitação. Uma audiência foi realizada na Câmara Municipal de Cubatão e, além dos vereadores, esportistas e figuras públicas tiveram a chance de se manifestar.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBaT), representada pelo presidente da entidade, Vlamir Mota Campos, protestou contra o projeto sob a alegação, entre outras coisas, somente 11 dos 645 municípios do Estado de São Paulo possuem pista de atletismo. Entre os atletas, Juliana Gomes, campeã pan-americana dos 1.500m, também usou a tribuna da Câmara para criticar o projeto de concessão da área para a iniciativa privada.

O Santos tinha o projeto de construir três campos no local, além de alojamentos para os atletas das categorias de base.

Com as duas possibilidades esgotadas, o clube segue em busca de uma área e Andres Rueda acredita que ao final de sua gestão, em dezembro de 2023, o novo CT estará ao menos encaminhado.

“A gente está indo atrás, tem pessoal nosso procurando. Difícil, tem que ser uma área que agrade a gente. Não adianta pegar uma beira de estrada sem nada do lado e em seis meses pode estar rodeado de moradias e comunidades. Não é o que a gente imagina para esse momento, mas tenho certeza que se não der para entregar o CT pelo menos encaminhado ele vai estar”, concluiu.

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