Andres Rueda, presidente do Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Muito criticado pelo desempenho da equipe profissional do Santos, o presidente Andres Rueda vê o trabalho feito na base como motivo de orgulho para a gestão. Neste ano, o Peixe chegou na final da Copinha, conquistou o título do Campeonato Paulista Sub-20, chegou nas semifinais do Paulista Sub-17 e Sub-15, do Brasileiro Sub-17 e está entre os quatro do Estadual nas categorias Sub-11 e Sub-13.

Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, o presidente fez um balanço e detalhou o trabalho realizado pelo Peixe com as categorias de base nos dois últimos anos.

“A base é uma das coisas que eu tenho mais orgulho nesse período nosso de gestão. Não pelos resultados, os resultados que estamos tendo agora é uma consequência e fruto do trabalho. A base com a parte financeira muito mais fácil, diferente do time profissional. A gente implantou desde o início da gestão todo um planejamento que começava com a captação, com a troca de jogadores que a gente tinha e uma das primeiras coisas que a gente fez dentro de uma metodologia, ou seja com pessoas analisando, sendo obrigado a ter seis assinaturas para dizer que o jogador não serve para o Santos.”, ressaltou.

O dirigente santista revelou ter feito uma limpa no plantel de atleta e ter reestruturado as categorias desde a captação até os profissionais encorpados na área.

“No início da gestão a gente dispensou quase 150 jogadores, é uma coisa com muita responsabilidade. Depois de praticamente um ano eu pedi para que eles fossem analisados pela nossa área de scout para saber onde está o pessoal e se a gente fez besteira, se a gente mandou um Robinho ou um Neymar embora. Dois jogadores ainda estavam jogando em base de time da Série A, fizemos alguma coisa assertiva e sabíamos de todos os problemas que tinha na base, da convocação dos jogadores, muito se falava que tinha virado balcão de negócios. A gente tentou blindar a base, da mesma maneira, usamos através de modelo de processos uma parte de captação. A gente precisava trazer jogadores novos e encorpar nossa base. Isso foi feito, foi colocado toda uma estrutura para captar, para não ter mais que fulano indicou ou o empresário é esse e a gente blindou também isso. Captamos, tivemos muita capacidade em escolher o quadro técnico para gerir a base com pessoas envolvidas ou mesmo pessoas de currículo como o Orlando no Sub-20 que já passou no São Paulo, Palmeiras e é um excelente treinador.”, afirmou.

Ainda sem o CT da base, o cartola também contou dificuldade na procura do terreno e acredita ter oferecido estrutura no sentido de mão de obra. Por fim, o presidente reforçou o trabalho realizado e os resultados como os frutos do cuidado.

“Demos condições na parte tanto médica como psicológica. O clube muitas vezes ia jogar fora sem médico porque não tinha e Sub-20 como muitas vezes aconteceu. Isso se reparou, a gente deu uma infraestrutura do que podia ser dado. Tenho frustação que ainda não consegui resolver o problema do CT da base. Não por falta de vontade e nem por tentativas, mas por falta de terreno que tenha uma adequação que a gente procura. Mesmo sem isso, a gente conseguiu dar uma infraestrutura de mão de obra, de pessoas, de psicólogos, todas as áreas integradas.”, contou.

“O Sub-20 passou a treinar no mesmo espaço que a área profissional o que facilita essa interação. Muito trabalho, a gente implantou e está colhendo os frutos. Todas as categorias desde o Sub-12 até o Sub-20 estão em semifinal, sendo vice, campeão…e revelando jogadores que é o principal.”, acrescentou.

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