Em sua primeira entrevista como treinador do Santos, na tarde desta terça-feira, Jorge Sampaoli disse palavras que devem soar como música aos ouvidos dos torcedores alvinegros. O argentino, que assinou contrato de dois anos de duração com o Peixe, prometeu colocar o time sempre no ataque. Segundo ele, esse foi o estilo de todas as equipes que dirigiu e essa é uma obrigação imposta pela história do clube.
Durante a entrevista, concedida no Museu do Futebol, em São Paulo, Sampaoli usou várias vezes a palavra “protagonista”. Ele afirmou que o Santos em 2019 será um time que vai jogar sempre para vencer, independentemente do local e do adversário.
“Depois de sair da seleção argentina, passei a buscar um lugar que tivesse a ver com a minha história no futebol. Aqui, tenho muito por fazer e muito a desfrutar dos jogadores com as características do futebol brasileiro. Vamos desfrutar do jogo, protagonizar o jogo, fazer com que cada jogador do Santos tenha claro o lugar onde está”, disse o treinador.
De fato, na Universidad de Chile, na seleção chilena e no Sevilla, Sampaoli teve sucesso com equipes muito agressivas, que buscavam sempre encarar sem medo qualquer adversário. De acordo com o argentino, a prioridade ao jogo de ataque deixou de ser uma característica do futebol brasileiro, mas o seu Santos tentará mudar essa história.
“Com respeito ao funcionamento das minhas ideias, elas têm muito mais a ver com olhar para trás do que olhar para frente. Na minha adolescência, era impossível ganhar de algum time brasileiro. Agora, creio que a característica aqui seja muito mais neutralizar do que propor. Mas eu quero pensar no gol da frente, e não no meu gol. Quero colocar essa ideia em um clube que teve Neymar e Pelé, que nos obriga a jogar para frente.”
O argentino de 58 anos disse nesta terça que não tem um esquema tático fixo na cabeça. Ele pode variar a formação da equipe de acordo com as circunstâncias, mas o que Sampaoli garante que jamais vai mudar é a intenção de ter sempre a bola e buscar o gol.
“Nosso estilo será sempre o mesmo: um time compacto tanto no campo de defesa quanto no de ataque, que saiba criar muitas chances de gol. E tudo será comandado pela bola. Tenho visto muitos times no mundo que não querem ficar com a bola, mas aqui a bola vai ser o instrumento mais importante, tanto para defender quanto para atacar.”
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