Sánchez brinca de futmesa no treino de hoje do Peixe (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Carlos Sánchez vive aos 34 anos um dos grandes momentos de sua carreira. O meia, que já disputou Copa do Mundo com a camisa do Uruguai e foi campeão da Libertadores com o River Plate (ARG), sendo coroado depois Rei das Américas, é o artilheiro do Peixe na temporada, com 12 gols.

A fase de goleador é uma nova experiência para o jogador, que é um dos líderes da equipe santista. Experiência que ele já aprovou.

“Nunca tinha vivido fase assim. Está sendo lindo. É o prêmio do trabalho”, disse o atleta, que na sequência comentou que esse não é o seu objetivo máximo: “Não brigo por ser artilheiro e, sim, para ajudar o time”.

Além de artilheiro e líder, Sánchez também se destaca no elenco por ser um dos garçons do time. No ano ele já soma cinco assistências.

Mas nem só de bons momentos viveu o meia na temporada. Apesar de ter 36 jogos no ano, número que o coloca como segundo jogador que mais atuou com Sampaoli – atrás apenas de Victor Ferraz –, Sánchez foi no primeiro semestre muitas vezes reserva da equipe.

Escalado em algumas ocasiões aberto pela direita, o jogador teve atuações abaixo do que lhe é esperado, e isso fez com que ele falasse sobre o assunto com o técnico Jorge Sampaoli. Papo que foi um divisor de águas para o retorno do bom futebol do meia e para o Santos, que com o crescimento de rendimento do atleta chegou a liderança isolada do Campeonato Brasileiro.

“A conversa foi boa. Nós dois pudemos falar bastante. Foi um debate, descarregar nossas emoções em momentos ruins. Serviu bem para os dois. Ele (Sampaoli) disse que é bom ter variações comigo e eu aceito. Sempre tentarei obedecer à comissão. Só comentei uma coisa que não gostei, porque eu conheço a posição que estou jogando agora, que é onde eu posso render ainda mais do que estou rendendo. Sempre estarei à disposição, por isso falei aquilo”, disse Sánchez.

No mês de junho, logo após a eliminação do Peixe na Copa do Brasil, o meia relatou em entrevista coletiva estar jogando fora de posição, fato que ganhou repercussão na Vila após a desclassificação do time no torneio nacional. Águas passadas para um novo Sánchez e um novo Santos.