O Santos foi ao Morumbi encarar o São Paulo neste domingo, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, com uma equipe praticamente toda formada por reservas, o chamado time alternativo . E surpreendeu, vencendo o líder da competição por 1 a 0. O resultado acabou jogando por terra dois incômodos tabus: o de quatro jogos sem vencer o rival , e o de mais de um ano sem vencer clássicos estaduais.
De olho na segunda partida semifinal da Libertadores da América contra o Boca Juniors, na quarta-feira, Cuca preferiu poupar seus principais jogadores (a exceção foi Lucas Braga), mesmo precisando de um bom resultado para se manter perto dos primeiros colocados do torneio nacional.
A estratégia do treinador, apesar de arriscada, deu certo. O Santos compensou a falta de entrosamento com muita vontade e aplicação na marcação. Na primeira vez que conseguiu encaixar um contra-ataque, quase chegou ao gol com Arthur Gomes, que chutou cruzado e acertou a trave direita do goleiro Tiago Volpi.
Esse, no entanto, foi o único susto pelo qual o goleiro são-paulino passou na primeira etapa. O Santos também não chegou a sofrer muito com o ataque rival e, por conta disso, o placar do clássico acabou não fazendo por merecer mais do que um insosso 0 a 0 em seus primeiros 45 minutos.
Gol “na raça” e fim do tabu no 2º tempo
Na etapa final, o Santos “achou” um gol logo no primeiro minuto – mais pela raça de Jobson do que pela sorte – e cresceu. Jobson brigou pela bola no meio-campo e se mandou para a frente para completar a jogada de Arthur Gomes e contar com a colaboração do goleiro Tiago Volpi para definir o clássico.
Em vantagem, Cuca resolveu mexer no time e mandou cinco titulares para a parte final do jogo: Pará, Alison, Diego Pituca, Kaio Jorge e Luan Peres entraram para dar uma encorpada na equipe e para ajudar a assegurar três pontos importantes. O quinteto viu João Paulo, hoje reserva de John, fazer um verdadeiro milagre no finalzinho do jogo, em cabeçada de Brenner, e sacramentar a vitória.
O Santos volta a campo pelo Campeonato Brasileiro apenas no próximo domingo, para enfrentar o Botafogo, ameaçado pelo rebaixamento, às 16 horas, na Vila Belmiro. Antes, porém, volta todas as suas atenções para o confronto da volta contra o Boca Juniors, do atacante Ábila, pela Libertadores da América.
O duelo marcado para a próxima quarta-feira, às 19h15, na Vila Belmiro, determinará quem fará a grande final da competição continental contra River Plate ou Palmeiras, que definem o adversário um dia antes. No primeiro jogo, na Argentina, houve empate em 0 a 0. O Santos precisa da vitória para se classificar. Empate sem gols leva o jogo para os pênaltis, e com gols dá a vaga aos argentinos.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 X 1 SANTOS
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP)
Horário: 16h
Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)
Cartões amarelos: Pablo, Hernanes (São Paulo), Alex, Vinícius Balieiro, João Paulo, Alison (Santos)
Gols: Jobson (Santos), a 1 minuto do 2º tempo
SÃO PAULO: Tiago Volpi, Juanfran, Léo (Vitor Bueno), Arboleda e Reinaldo; Luan (Hernanes), Gabriel Sara (Paulinho Bóia), Daniel Alves e Igor Gomes (Tréllez); Pablo (Gonzalo Carneiro) e Brenner. Técnico: Fernando Diniz.
SANTOS: João Paulo; Madson, Laércio, Alex, e Jean Mota (Luan Peres); Sandry, Vinícius Balieiro (Diego Pituca) e Jobson (Alison); Arthur Gomes (Pará), Bruno Marques (Kaio Jorge) e Lucas Braga. Técnico: Cuca.
Jogo horrível santos igual time de várzea, mas pra mim o que vale é três pontos. Então parabéns. Este negócio de jogar lindo e não ganhar nada deixo prós perdedores..
Valeu pelos três pontos porque não pode deixar de pontuar contra times pequenos. O Santos FC mostrou boa disposição defensiva, mas do meio para frente foi fraco. O lance mais bonito do jogo nasceu em improvável jogada individual do Lucas Braga, que deu boa assistência para o Arthur Gomes finalizar na trave. No gol do Santos FC, uma trapalhada do Daniel Alves, a rara antecipação do Jobson, uma inesperada lucidez do Arthur Gomes, a incomum aparição do Jobson no ataque, terminando e um gol meio chorado que entrou de mansinho. O São Carlos, digo São Bento, digo São Caetano, ou melhor, São Paulo, foi um bom anfitrião que recebeu bem o visitante e não incomodou. Apesar da vitória, deve ser observado como o Cuca e confuso. Se a ideia era poupar jogadores titulares, deveria manter o time com jogadores reservas nas substituições. Os titulares nem deveriam ter viajado. Enfim, um campeonato de cavalos paraguaios que refugam na linha de chegada.