O Santos anunciou o retorno de Guilherme Giudice como novo auxiliar técnico das Sereias da Vila. Wesly Otoni, que fazia a função e comandou a equipe na vitória sobre o Avaí/Kindermann, foi demitido e não participou da estreia do Paulistão. Giudice acompanhou a vitória do Peixe em Pindamonhanga ainda de fora do banco.
“Eu sempre tive vontade de voltar para o Clube e esse retorno é muito especial para mim. É um ano importante e o Santos tem grandes competições no calendário. Espero ajudar bastante à comissão técnica e ao professor Glaucio, para que a gente consiga os resultados agora no Campeonato Brasileiro e também uma boa sequência no Campeonato Paulista, para estarmos preparados para a disputa da Libertadores”, declarou.
Giudice tem 40 anos e teve passagem pelas Sereias entre 2018 e 2020. Guilherme chegou ao Santos no início de 2018, atuando como auxiliar da técnica Emily Lima. Com a saída da treinadora, em setembro de 2019, ele assumiu o comando da equipe. Como técnico, disputou 31 jogos, alcançando 18 vitórias, três empates e dez derrotas.
Durante a passagem pelo Peixe, foi campeão paulista em 2018, como auxiliar, e conquistou a Copa Paulista em dezembro de 2020, como treinador. Guilherme foi muito criticado pelos torcedores pelo fraco desempenho das Sereias no comando. Fora dos gramados, também passou por situação difícil.
Ele venceu o câncer no mediastino – localizado no espaço entre os pulmões. Durante o tratamento, ele precisou passar por uma cirurgia, realizada com sucesso. Em 17 de janeiro de 2022, foi diagnosticado com metástase (formação de uma nova lesão tumoral) decorrente do primeiro câncer que ele teve – e venceu – em 2020, enquanto esteve no comando das Sereias da Vila.
No Peixe, o treinador superou um câncer no pescoço e no retroperitônio (espaço anatômico atrás da cavidade abdominal). Ele ficou afastou de suas atividades por alguns meses.
MOMENTO DAS SEREIAS
Enquanto isso, as Sereias da Vila brigam para não cair no Brasileirão Feminino. Elas ocupam a 13ª colocação e é o primeiro na zona de rebaixamento com 7 pontos. Na competição, as 16 equipes se enfrentam em turno único. As oito melhores colocadas avançam para as quartas de final e as quatro últimas são rebaixadas para ao Brasileiro A-2.
Com a nova gestão de Marcelo Teixeira, houve uma reformulação em todo o Departamento de Futebol Feminino do clube. A equipe perdeu jogadoras que faziam parte da espinha dorsal, ao todo foram 14 saídas. Tiveram algumas renovações, 20 reforços até então e três trocas na comissão técnica.
Cassio Ritcher foi anunciado como diretor de futebol, mas pediu saída do clube por estar atarefado. Aline Xavier passou a ser a coordenadora administrativa e Thais Picarte é a coordenadora do futebol. O Departamento das Sereias decidiu virar o ano com o técnico Bruno Silva visando ‘adaptação’ ao treinador ao novo projeto, mas foi demitido com quatro rodadas do Brasileiro.
Neste período, venceram o Atlético-MG (F), empataram com o Real Brasília (C) e perderam para América-MG (F) e Red Bull Bragantino (C). Depois, decidiram recontratar Kleiton Lima sete meses depois do técnico ter saído do clube diante de 19 cartas relatando assédio moral e sexual.
Ele comandou as Sereias na derrota para o Corinthians (C), mas diante das polêmicas, protestos e repercussão mundial novamente saiu do clube. Desde então, Glaucio Carvalho foi anunciado. Ele não ‘bidou’ a tempo e o auxiliar técnico Wesly Otoni ficou no banco na vitória sobre o Avaí/Kindermann (F).
Já regularizado, assumiu as Sereias nas derrotas para Flamengo (F), Fluminense (C), Palmeiras (F) e Cruzeiro (C). O Santos ainda tem um jogo contra o Grêmio, que foi adiado, a ser definido.Ou seja, são cinco jogos para evitar um inédito rebaixamento no Brasileiro diante São Paulo (C), Ferroviária (F), Botafogo (C) e Internacional (F), além do jogo contra as próprias gremistas a ser marcado.
Além disso, dividem as atenções com o Paulistão Feminino e terão a disputa simultânea de estadual e nacional. Em outubro, elas representam o Brasil ao lado de Corinthians e Ferroviária na Conmebol Libertadores que será disputada no Uruguai.
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A super ingênua Laura Marcello continua fazendo cara de paisagem e ignora, sabe-se lá por desconhecimento ou conveniência, que Modesto Roma Jr. era, até duas semanas atrás pelo menos, quem mandava no futebol feminino e o responsável pela montagem desse desastre em todas as categorias do feminino. O tal jornalismo tem razões que a própria razão desconhece.