Camisa 10 no Sub-20, Bernardo fez treinos com a equipe profissional do Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (21) para esclarecer os últimos movimentos do clube na temporada. Passando por um momento de instabilidade na Série B após ter perdido jogadores por desfalque, Teixeira foi questionado sobre a não utilização das categorias de base para suprir as necessidades do elenco em posições carentes.

Marcelo Teixeira mencionou as dificuldades enfrentadas pelos jovens jogadores ao fazer a transição para o time principal, principalmente na parte física devido a diferença de estrutura da base do clube para o profissional.

“Estava com um dos nossos atletas da base, Bernardo, foi chamado pelo Carille para fazer parte do trabalho para a temporada. Ele mesmo me disse que na hora que tem chance não consegue abraçar. Disse que ele irá se recuperar. Ouço dos profissionais da base e dos profissionais no principal que os atletas que chegam da base não têm a mesma estrutura disponibilizada no início do milênio. O Santos ficou no tempo e no espaço. Não conseguimos a evolução que outros conseguiram”, disse Teixeira.

Com isso, o mandatário abordou a questão afirmando que o Santos está focado em modernizar e melhorar a infraestrutura do clube, o que inclui investimentos em equipamentos de ponta para todos os atletas inclusive profissional e base tanto no masculino quanto no feminino.

“Os atletas da base. Um exemplo, hoje estão sendo apresentados os últimos aparelhos com a KLD. Uma parceria fantástica. Estamos equipando não só o profissional, mas também a base e o feminino. Equipamento de ponta. É o único  laser de recuperação e prevenção no Brasil. Está hoje no Santos, esse é o Santos da modernidade e da inovação. Ser o diferencial daquilo que sempre fizemos. A ênfase à base”, afirmou.

Teixeira reconheceu que a falta de evolução estrutural tem impactado o desempenho dos jovens atletas. Ele enfatizou a necessidade de mudança para que os jogadores da base possam ser mais bem aproveitados no time profissional.

“Quando o atleta sobe, começa a ter um preparo físico e exigência natural, se contunde e fica de uma forma diferente. Essa é a dura realidade que o Santos vive. Vai modificar com atitudes como essa, vamos fazer a iluminação do CT. São trabalhos feitos e necessários para que a estrutura do clube avance. Num futuro próximo, estaremos aqui referendando o que estou dizendo e falando que o trabalho de alicerce foi melhor, bem feito e estamos revelando melhor os jogadores. Equipamentos, profissionais, metodologia e estamos mudando essa filosofia”, comentoi.

“Para que possamos trazer jogadores para o profissional, mesmo com 16 ou 17 anos. Temos que mudar de novo, não um ou dois. Temos que ter um número, quantidade de atletas que serão suficientes para que o Santos consiga aproveitar bem a base e não se culpe um treinador profissional. Nós temos que admitir que precisamos aperfeiçoar nossa estrutura para que esses jogadores cheguem em melhores condições. Ele aproveita o Chermont, não aproveita o Jair, o Souza, o Bernardo… ele quer aproveitar o jogador. O Santos quer que ele aproveite. Queremos aproveitamento na base. Na medida do possível para também não queimar etapas”, concluiu.

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