Santos foi campeão com campanha histórica (Crédito: Santos FC)

A terça-feira marca o aniversário de 10 anos de uma importante conquista para a história recente do Santos. Em 4 de agosto de 2010, o Santos perdia do Vitória, em Salvador, e mesmo assim conquistava o título da Copa do Brasil, pela única vez na história do clube. A campanha foi histórica. Em 11 jogos, foram sete vitórias, com 39 gols marcados. Uma incrível média de 3,54 gols por jogo, com direito a um 10 a 0 diante do Naviraiense.

Para lembrar aquela conquista, o DIÁRIO conversou com o lateral-esquerdo Léo.

“A Copa do Brasil era o único grande título que faltava na galeria de troféus da Vila Belmiro. Por isso, encaramos aquela competição com total prioridade. O grupo se uniu e os resultados foram dando cada vez mais confiança e moral, fazendo com que a gente superasse todos os obstáculos. O jogo mais difícil foi diante do Grêmio, na semifinal, lá em Porto Alegre. Perdemos, mas fizemos três gols fora de casa, fazendo com que a vitória na Vila por 3 a 1 nos garantisse na decisão”, comentou Léo.

O ídolo santista também lembrou a mescla mágica entre experiência e juventude que fez o time encantar o Brasil, com goleadas inesquecíveis e um futebol bonito.

“Aquele elenco era muito bom. Talentos emergentes, como o Neymar, o Ganso, o Wesley e o André, e jogadores experientes. Essa mescla deu certo logo de cara não só em 2010, mas nos dois anos seguintes. Uma coisa que me impressionava naquele time era o fato de ser insaciável ofensivamente. Se marcava dois gols, queria fazer o terceiro. Se fizesse o terceiro, não sossegava até marcar o quarto. O torcedor ia pro estádio sabendo que veria 90 minutos de um show”.

O dirigente da época Paulo de Carvalho também falou ao DIÁRIO, lembrando o momento marcante daquele time, o dia em que perceberam que ia dar certo, ainda no começo no Campeonato Paulista.

“Na vitória por 2 a 1 contra o São Paulo em Barueri. Foi o primeiro grande desafio da temporada. A cavada do Neymar frente ao Rogerio Ceni e a estreia do Robinho com Gol de Letra mostrou a personalidade da equipe, além da alegria e ousadia de jogar pra frente.  Aquele time jogou o fino da bola do futebol mundial.  Parafraseando Cortella “o Santos foi o time que mais jogou como dança'”, afirmou.