O presidente eleito José Carlos Peres está insatisfeito com os valores do contrato com a Umbro (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

O Santos está em rota de colisão com a Umbro, empresa de material esportivo que assinou um contrato em outubro para ser a fornecedora oficial do clube pelos próximos dois anos. O presidente eleito José Carlos Peres não concorda com os valores do contrato (cerca de R$ 7 milhões pelos dois anos), que tem início previsto para março de 2018, e espera acertar com outra empresa.

“A Umbro já foi avisada disso. Vamos em busca de outro fornecedor de material. Os valores que foram assinados foram irrisórios”, afirmou o presidente eleito em entrevista à Folha de São Paulo.

Ao DIÁRIO DO PEIXE, horas depois da publicação da matéria da Folha, o dirigente recuou.

“Não é bem assim. Nós vamos conversar”, afirmou Peres, em rápido contato telefônico com a reportagem.

Em nota oficial, a Umbro alegou desconhecer qualquer pedido de rescisão e evitou comentar os valores do contrato.

“A Umbro desconhece a informação pois não foi procurada oficialmente pelo clube. A empresa não comentará publicamente os valores acordados em respeito ao contrato, que prevê cláusula de confidencialidade”, diz a nota.

No mercado de material esportivo os pedidos de revendedores, como as grandes lojas do setor, normalmente é feito com seis meses de antecedência. A Umbro não confirma oficialmente, mas é provável que os materiais do Santos para 2018 já estejam em produção, inclusive o terceiro uniforme na cor azul, aprovado pelo Conselho Deliberativo em reunião no mês passado. Uma rescisão unilateral do clube provocaria enorme prejuízo para a empresa.

O acordo entre Santos e Umbro nasceu recheado de polêmicas. No anúncio oficial da “parceria”, o presidente Modesto Roma Júnior afirmou que o clube ganharia menos do que no modelo adotado nesta temporada, de produção própria. Logo em seguida, o dirigente teve que se retratar publicamente pela declaração.