Santos está próximo de acertar no e-commerce (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)


Por Lucas Barros e Laura Marcello

O Santos negocia com a Netshoes para assumir a operação do e-commerce oficial do clube. A gestão do presidente Marcelo Teixeira está em conflito com os operadores atuais das lojas oficiais: o Grupo Inter, responsável pela unidade de São Paulo e pelo e-commerce, e A Esportiva, que administra as lojas de Santos, localizadas na Vila Belmiro e no bairro do Gonzaga.

A loja de São Paulo e o e-commerce, gerenciados pelo Grupo Inter, encerrarão suas atividades no dia 31 de dezembro. O operador optou por não buscar medidas legais para continuar com a operação, comprometendo-se apenas a manter o e-commerce ativo até que o clube conclua o acordo com o novo operador.

A Netshoes, antiga parceira do Santos, é a principal candidata para assumir a operação do e-commerce. As negociações estão avançadas, e a expectativa é que o clube não fique sem vendas online durante a transição.

Enquanto isso, as duas lojas de Santos estão na Justiça para garantir o direito de seguir operando no varejo santista. A situação com A Esportiva envolve desacordos relacionados às concessões e à relação com a atual gestão.

A Santos Store, operadora licenciada para comercializar produtos do clube, também enfrenta um impasse com o Santos. A empresa entrou na Justiça após o Departamento de Marketing do clube negar autorização para a abertura de uma nova loja na Rua Riachuelo, no centro de Santos.

Segundo contrato firmado em julho de 2023, a Santos Store tem permissão para operar cinco lojas físicas. As localidades permitidas são: uma loja no ABC Paulista (cidade a ser definida em conjunto pelas partes), uma loja em Santos, uma loja em São Vicente e duas lojas adicionais, obrigatoriamente situadas em Santos, São Vicente, Guarujá, ABC ou Praia Grande.

O novo endereço no centro de Santos, no entanto, foi rejeitado pelo clube, que alegou não atender às expectativas do mercado, sem fornecer mais detalhes sobre os critérios adotados.

Diante da negativa, os representantes da Santos Store decidiram assinar o contrato de locação do imóvel e pretendem abrir a loja sem a utilização da marca Santos. A empresa busca na Justiça o direito de operar o local como uma unidade oficial, amparada pelo contrato vigente.

O caso está agora com o judiciário, após o juiz designado inicialmente, Gustavo Antônio Pieroni Louzada, solicitar redistribuição por ser torcedor e sócio do clube, o que ele considerou um impedimento para julgar o processo.