O volante João Erick foi liberado pelo Santos três meses após ser contratado e Conselho Fiscal questionou exclusividade ao empresário (Crédito: Divulgação)

O Santos liberou o volante João Erick para o NK Rudes, da Croácia, menos de três meses após anunciar a sua contratação como “promessa” das categorias de base do Sport. O jogador participou de seis dos oitos jogos da equipe no Campeonato Brasileiro de Aspirantes, como titular na maioria deles, e também começou a partida de estreia do Peixe na Copa Paulista deste ano diante do Bragantino.

De acordo com a diretoria do Peixe, o clube aceitou o pedido do empresário e resolveu liberar o jogador porque “ele não correspondeu ao esperado e seu contrato, que terminaria em dezembro, não seria renovado”. Para aceitar a liberação, a direção do Santos afirma ter ficado com um percentual sobre os direitos do atleta.

O contrato do volante, no entanto, abre a possibilidade de que o Santos tenha sido usado para “esquentar o jogador”. No meio do futebol, isso acontece quando um atleta deixa uma equipe menor para uma de maior expressão antes de uma negociação. Para o mercado internacional, um jogador do Peixe tem mais valor do que um atleta do Sport.

A suspeita foi levantada após parecer do Conselho Fiscal, que será votado em reunião do Conselho Deliberativo nesta quinta-feira, citar o contrato de João Erick. De acordo com o parecer do CF, os contratos de João Erick e de Steylor, outro atleta contratado para a equipe Sub-23, previam exclusividade para um empresário em caso de eventual negociação. Ainda de acordo com o relatório, não constam nas atas das reuniões do Comitê de qualquer citação ao contrato de exclusividade.