Em homenagem ao lendário Urbano Villela Caldeira Filho, o Santos reuniu conselheiros e ex-jogadores na manhã desta terça-feira (9) na Vila Belmiro para prestar homenagem a um dos patronos da história do clube.
Sem a presença do presidente Marcelo Teixeira, que estava em um compromisso na CBF, seu vice, Fernando Bonavides, comandou a cerimônia ao lado do gerente de comunicação Márcio Calves, e de Daniel Alves, representando o CG.
Durante a cerimônia, tivemos o discurso do bisneto de Urbano Caldeira. Outro a passar uma mensagem em homenagem foi o presidente do conselho do Santos, Fernando Akaoui, que está em viagem internacional pelo clube e enviou um vídeo que foi reproduzido nos telões da Vila Belmiro.
A cerimônia ocorreu nas cadeiras cativas do estádio, onde, além de alguns ídolos do Santos como Lima, também contamos com a presença de algumas figuras políticas da Baixada Santista. Outra presença foi a do ex-vice-presidente Orlando Rollo, que apareceu apenas para assistir à cerimônia – Rollo chegou a ser presidente por alguns meses após o impeachment sofrido por José Carlos Peres.
História de Urbano Caldeira
Em 9 de janeiro de 1938, o presidente do Santos, José Martins, inaugurou o busto de Urbano Villela Caldeira Filho, marcando oficialmente o Dia de Urbano Caldeira. Desde 1913, Urbano foi uma figura central no Santos FC, desempenhando papéis fundamentais como jogador, treinador e dedicado dirigente.
Sua jornada começou em 1913, quando, vindo de Florianópolis para trabalhar na Alfândega de Santos, ele se apaixonou pelo time que viria a ser o grande amor de sua vida. Urbano não apenas jogou um papel crucial no Campeonato Santista de 1913 e 1915, mas também foi responsável por levar o Santos ao Campeonato Paulista em seu primeiro ano de existência.
Após encerrar sua carreira como jogador, Urbano continuou a dedicar-se incansavelmente ao clube. Ao assumir cargos como primeiro secretário, diretor geral de esportes e vice-presidente em duas ocasiões, ele desempenhou um papel crucial na construção e consolidação do Santos FC.
Destacam-se suas contribuições como Diretor Geral de Esportes, onde promoveu talentos como Araken Patusca para o time principal. Nos anos 1920, Urbano teve um papel crucial na formação e treinamento da equipe notável conhecida como o “Time do Ataque dos 100 Gols,” que deixou uma marca histórica no Campeonato Paulista de 1927.
Além de suas proezas esportivas, Urbano era conhecido por sua vida boêmia e seu amor pelo Carnaval, tendo fundado o Bloco Flor do Ambiente. Seu estilo distintivo, com roupas brancas, chapéu de palheta e bengala, refletia sua personalidade única.
Infelizmente, sua vida foi interrompida prematuramente em 13 de março de 1933, vítima de pneumonia, deixando um vazio na comunidade santista. Seu legado, no entanto, persiste e é honrado pelo Santos FC. Após sua morte, o estádio foi renomeado para Estádio Urbano Caldeira, e homenagens foram prestadas pela prefeitura de Praia Grande, que nomeou uma rua em seu bairro em sua memória.
Hoje, Urbano Caldeira é reverenciado como um dos patronos do Santos, ao lado de Modesto Roma e Pelé, destacando sua contribuição duradoura para a grandeza do clube. Como ele costumava dizer para aqueles que tentavam diminuir a grandiosidade do Santos: “O Santos é o que importa, o resto que saia pela porta.”
Leia também:
Diário, será que vocês podiam averiguar como anda o dinheiro do Cuevas/Tigres?
Nenhuma mídia faz a lição de casa como se deve?
De repente o Santos “esquece” esta grana assim como “esqueceu” da grana do Barcelona!
Opa! Se tem homenagem, distribuição de plaquinha etc, não podia faltar o grande alvinegro Orlando Rollo, paradigma de santista. Boa, MT.
Kkkk Urbano Caldeira deve estar se revirando no túmulo com o que fizeram com o Peixe