Rueda precisou do funding para quitar salários (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O novo parecer do Conselho Fiscal do Santos revelou que o clube recorreu ao Funding para garantir R$ 10 milhões em empréstimos e conseguir pagar os salários do clube no mês de março. O documento será votado pelo Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira.

Segundo o Conselho Fiscal, a gestão do presidente Andres Rueda apresentou todos os planos de pagamentos referentes aos empréstimos. O clube vem quitando os valores de forma parcelada, sendo a última com vencimento em janeiro de 2024.

O clube já utilizou R$ 54.800.000,00 de valores via funding, a maioria para quitar salários. O saldo restante a ser pago é de R$ 49.229.587,31.

Aprovado pelo Conselho Deliberativo em 10 de junho do ano passado, o projeto do Funding tem como objetivo avalizar empréstimos ao Santos. A mecânica consistia em torcedores do clube levarem seus investimentos para um determinado banco (Safra) e esses montantes servirem como uma espécie de garantia para os empréstimos ao clube, com juros menores do que os praticado no mercado.

Eu reunião realizada em outubro de 2022 com o Conselho Deliberativo do Santos, Rueda explicou que os empréstimos do clube por meio do funding devem ser pago durante sua gestão. Com o novo prazo divulgado pelo conselho, essa meta não foi alcançada.

“Essa garantia foi colocada por alguns santistas, o banco tem 100% de garantia, e por isso cobra uma taxa pequena de juros. Isso vocês podem ver no relatório. Isso é um empréstimo do Santos, não da gestão, onde o relatório diz cada centavo o que foi gasto. Pretendemos pagar nessa gestão, mas se não der, é do clube”, explicou o cartola.

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