O Santos divulgou na noite desta terça-feira um relatório feito pelo Comitê de Gestão sobre as contas do clube em 2019. De acordo com o documento, o clube terminou o ano com um superávit de R$ 23,5 milhões e uma arrecadação total de R$ 388 milhões.
Do total da receita do clube, nada menos do que 308 milhões foram contabilizados como venda de atletas ou direitos de TV. Só a venda do atacante Rodrygo, que entrou no balanço integralmente em 2019, rendeu R$ 188 milhões. Com cotas de TV, o Peixe faturou R$ 92,7 milhões.
Após TV e venda de atletas, o Santos teve uma boa arrecadação com premiação. Especialmente pelo segundo lugar no Campeonato Brasileiro, o Peixe levou R$ 32,3 milhões em prêmios na temporada passada.
Nas outras três principais fontes de receita, o Santos ficou abaixo do previsto no orçamento. A receita de jogos não passou de R$ 13,7 milhões, os contratos de patrocínio renderam R$ 16,5 milhões enquanto o programa de sócios gerou R$ 8,6 milhões, um número quase 20% inferior ao orçado (R$ 10,3 milhões).
O clube precisa vender jogadores, mas investe pouco na infraestrutura da base. Para piorar, prioriza a contratação de medalhões, jogadores em fim de carreira, com salários altos, que consomem a receita da venda de jogadores. Medalhões que não dão nenhum retorno técnico, como Bryan Ruiz, Cueva, Uribe. Se o Santos FC tivesse uma equipe de análise de desempenho para monitorar jogadores, como existe em outras equipes grandes, o clube erraria menos nos seus investimentos e contrataria jogadores jovens com potencial de retorno financeiro.