O Superior Tribunal de Justiça (STJD) homologou uma transação (acordo) envolvendo a punição imposta ao Santos pelos incidentes registrados na partida contra o Fortaleza, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, na Vila Belmiro. Pela transação, a pena foi reduzida de seis para três jogos com portões fechados. O acordo foi antecipado pelo DIÁRIO DO PEIXE no dia 2 de abril.
Nas três partidas com portões abertos, porém, o clube terá de fechar o setor normalmente destinado às torcidas organizadas e exibir uma faixa com os seguintes dizeres: “Fechado por decisão do STJD”.
Além disso, até o dia 30 de abril, terá que cumprir medidas educativas contra a violência. Por fim, terá que pagar R$ 300 mil, referente à transação disciplinar homologada, e multa de R$ 100 mil em duas parcelas.
Com o acordo homologado no STJD, o Santos voltará a jogar com público contra o Botafogo-SP, na 8ª rodada da competição, prevista para os dias 31 de maio ou 1 e 2 de junho. Os jogos sem público serão contra Paysandu, Guarani e Brusque.
O QUE ACONTECEU NO STJD
O Santos foi denunciado no artigo 213, I, II e III do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Leandro Pedro Vuaden, árbitro da partida, relatou objetos arremessados e invasão no gramado da Vila. A equipe de arbitragem decidiu pelo encerramento da partida após contato com a polícia.
“Informo que a partida foi encerrada antecipadamente aos 51′ minutos do segundo tempo, após o segundo gol da equipe do fortaleza ec, pois, houve, por parte da torcida do santos fc, arremesso de objetos para dentro do campo de jogo e também invasão de torcedores. de acordo com o policiamento, não haveria mais segurança para o prosseguimento da partida, motivo pelo qual, a mesma foi encerrada”, relatou Vuaden na súmula.
No artigo, se trata de “Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”. I – desordens em sua praça de desporto; (AC). II – invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; (AC). III – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. (AC). Ainda prevê uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
“§ 1º Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial. § 2º Caso a desordem, invasão ou lançamento de objeto seja feito pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato. § 3º A comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade”, completa o artigo.
COMO FOI O JULGAMENTO
O auditor Bruno de Barros dos Santos Tavares iniciou lendo a denúncia contra o Santos. A procuradoria apresentou vídeos com invasão de campo e bombas atiradas em campo. Em seguida, o Peixe apresentou um vídeo da diretoria reunida com a Polícia Militar e líderes de Torcidas Organizadas.
Na sequência, o auditor Rafael Bozzano lembrou o história do Alvinegro no STJD e pediu pena máxima de 10 jogos de perda de mando e R$ 100 mil de multa. O Dr. Luiz Eduardo Barbosa fez a defesa do Santos e pediu absolvição do clube. Ele reforçou que a punição é direcionada aos clubes, mas o problema é em relação ao infratores e vai além do Peixe, que acontece com outros times.
Luiz Eduardo também trouxe dados de funcionários e seguranças contratados pelo Santos no dia já se precavendo de algum acontecimento. O profissional também pediu que, em caso de punição, os jogos sejam disputados na Vila Belmiro de portões fechados. O auditor Bruno Tavares falou sobre o caso e vê punições ‘enxugando o gelo’ já que a punição tem que afetar os vândalos. Ele inclui toda a denúncia como desordem e votou por seis partidas, quatro de portões fechados e duas fora da Vila Belmiro, além da multa de R$ 100 mil.
O Dr. Rodrigo Raposo já argumenta que não dá para desvincular a torcida do clube. Também não concorda que o Santos cumpriu todas as ações para prevenção e cobrou por mais medidas a serem implantadas. No voto, inclui toda a denúncia como desordem também, e optou pela aplicação de seis partidas com perda de mando de campo e de portões fechados, além da multa de R$ 100 mil.
O Dr. Claudio Diniz iniciou o discurso citando que o Dr. Rafael Bozzano foi ameaçado por torcedores do Santos. Sobre o processo, o profissional acredita que o Peixe poderia ter tomados ações preventivas mais efetivas. Ele votou por seis partidas de portões fechados na Vila Belmiro e multa de R$ 100 mil.
O Dr. Alexandre Beck lembrou outros casos parecidos julgados, lamentou as ações da sociedade e acredita que a punição é necessária. Também tratou os três incisos como um só e votou por quatro partidas de portões fechados e duas fora da Vila Belmiro. O presidente da sessão, Luis Felipe Procópio, comentou que via a torcida do Santos e a Vila Belmiro como pacíficas, mas relembrou as incidências em 2022 e 2023 e a gravidade do caso. Ele decidiu por seis jogos de perda de campo de campo e portões fechados e uma multa de R$ 100 mil.
Por fim, a decisão anunciada pelo presidente da 3ª comissão disciplinar do STJD, Luis Felipe Procópio, foi de seis jogos de perda de mando de campo e portões fechados mais multa R$ 100 mil No retorno da transmissão do julgamento após o intervalo, ele mesmo esclareceu que seriam seis jogos de portões fechados como mandante, sem a perda do mando.
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Essa e’ a contribuicao da torcida santista – jogos sem torcida – prejuizos e vexames.
Tudo termina com os que invadem o campo e vandalizam o patrimonio. Mas comeca com aqueles que com menos de 5 min de jogo estão gritando xingamentos e ofensas de baixo nivel para jogadores e arbitragem, em total desrespeito aos que estao proximos ( senhoras em particular ) e dando pessimo exemplo para criancas proximas tbem. Quem acha que ofender e’ permitido em campo de futebol para achar que agredir tambem pode e’ so’ um passinho
O SANTOS PODERIA USAR DESSA PUNICAO PARA INICIAR UMA CAMPANHA EDUCATIVA PARA SEUS TORCEDORES E TRANSFORMAR A VILA NO ESTADIO ONDE PREVALECE O RESPEITO AO SER HUMANO ( Seja ele quem for – jogadores / torcedores / juizes / independente de que time sejam / independente de cor / etc etc .
A torcida di Santos passaria a ser um exemplo, um orgulho e nao a vergonha que tem sido
Põe na conta da TJ , mais jma vez e ainda tem a cara de pau de deixar a bandeira virada como protesto, acompanho futebol desde 1980 isso nunca mudou e nunca vai mudar….
Saiu barato a selvageria dos bandidos de sempre, prejudicando o clube e a maioria imensa dos torcedores civilizados.
Vaza, Vaza, Vaza, Vaza: JP, DIOGENES, FJ, DODO, ALISON, SANDRY, CAZARES, NONATO, MARCELINHO, MORELOS.
Empresta: ALEX NASCIMETNO, DERICK, MIGUELITO.
ISSO SEM FALAR NOS ENCOSTADOS QUE ESTÃO MAMANDO NAS CUSTAS DO CLUBE.
todos citados tem contrato eles só saem se quiserem….
è infelizmente foi o preço da selvageria e ninguém mais uma vez foi punido….os vagabundos que fizeram isso voltam normalmente no campo como se nada tivesse acontecido
O slogan ‘campeão da técnica e da disciplina’ define a entidade SFC. Não sem motivo foi incorporado ao Hino Oficial. Infelizmente, pouquíssimos torcedores levam-no à sério. Seria o caso emblemático de um amor bandido? As torcidas ditas organizadas estão substituindo gradualmente a sempre desejável postura amistosa e racional pela violência desmedida. Com pesar, acho que a coisa é muito mais séria do que aparenta. Esse modelo de representação deveria ser questionada pelas autoridades constituídas antes que saia fora de controle. As recentes ações desses grupos têm caminhado nessa direção. Essa violência tem servido para afastar a família dos estádios, podendo comprometer à longo prazo a reposição natural do principal ativo dos clubes. O caso é sério!
Mais uma suspensao a debito desse bando de selvagens travestido de “torcida organizada”. Seria essa a terceira ou a quarta vez, so nos ultimos dois anos. O voto de um dos juizes do tribunal cita especificamente a reincidencia. Como e quase impossivel identificar os vandalos e puni-los com banimento do estadio (como e feito na Inglaterra, por exemplo), so vejo uma solucao: comecar por banir por periodo limitado os diretores dessas organizadas e, caso continuem as arruacas, banir permanentemente todos os membros da organizada. Talvez o proprio ministerio publico do Estado pudesse decretar o banimento.