Marcelo Teixeira explicou as permanências de Marcelo Fernandes, Gallo e Arzul no Santos (Crédito: Guilherme Greghi/Santos FC)

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, foi bastante cobrado na reunião do Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira. Entre os questionamentos, os conselheiros pediram explicações sobre as permanências do coordenador de futebol, Alexandre Gallo, do auxiliar técnico, Marcelo Fernandes, e do preparador de goleiros, Arzul.

De acordo com o presidente, Alexandre Gallo foi mantido no cargo apesar de ter participado da campanha do rebaixamento por um motivo principal: conhecimento do elenco.

“Primeiro entendemos que o Gallo poderia dar a sequência pelo conhecimento que ele tinha do elenco anterior e pela rapidez que ele poderia recompor o grupo por conhecer os contratos em vigência, as possibilidades de o Santos tirar alguns jogadores e acabou acontecendo na primeira etapa”, destacou o presidente.

Além disso, o presidente afirmou que não contratou um gerente de futebol por economia, mas não descartou a busca por um profissional para a função nos próximos meses.

“A vaga de gerência executiva de futebol é acumulada também por uma questão financeira. Se você vai buscar um profissional no mercado tem de desembolsar um valor maior do que estava previsto. Conversamos sobre isso no Comitê de Gestão. É uma escolha que precisa ser muito bem feita no sentido de você ver o perfil ideal para o momento do Santos, o planejamento que será feito. Não descarto a possibilidade Não porque o Gallo não esteja cumprindo, mas porque entendemos que a gente devia economizar na questão porque não sabíamos o perfil dessa contratação”, explicou Marcelo Teixeira.

O dirigente também revelou uma conversa direta com o auxiliar técnico Marcelo Fernandes, que comandou a equipe em quase a metade da campanha do Brasileirão de 2023. De acordo com Teixeira, a ideia inicial de Fernandes era seguir como técnico do time profissional, mas ele foi convencido a mudar de posição em uma reunião na faculdade de propriedade do presidente.

“Eu tive um encontro ainda na faculdade e nesse encontro o Marcelo Fernandes tinha comentado que gostaria de continuar como técnico no Paulista. Ele tem uma história no Santos como jogador, como treinador, e teve o pior resultado da carreira assumindo o Santos no momento que assumiu, de uma forma corajosa, mas não tirou o Santos daquela situação, não apenas por culpa dele. Tive uma conversa direta e franca no intuito dele entender nosso propósito. Ao entender, ele falou, emocionado, que não permaneceria como técnico do Santos. Por uma questão de reconhecimento da história do Santos, no momento de grave crise financeira, que priorizaríamos investimos em outros profissionais, nós mantivemos o Marcelo Fernandes e o Arzul. Por uma questão de princípio e respeito, decidimos assim, como a comissão técnica permanente”, afirmou Teixeira.

O dirigente citou a contratação do preparador de goleiros Oscar Rodriguez para a comissão técnica (chamado de Hugo pelo dirigente na reunião) e voltou a citar a história de Marcelo Fernandes no clube para justificar a permanência;

“Não queríamos que ficasse uma marca registrada nesses profissionais da queda da Série B do Campeonato Brasileiro. Não só por ser familiar do José Paulo Fernandes e ter uma história no Santos. (A decisão) Não foi adotada apenas no aspecto profissional, mas para que ele não ficasse com uma marca tão forte de um rebaixamento, que ficará marcado de uma maneira tão triste para todos os santistas”, completou.

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