O Santos contratou boas peças para a disputa da temporada: Cueva, Soteldo, Aguilar, Everson… mas o olhar para a base não é esquecido, ainda mais por Jorge Sampaoli, que desde que chegou ao clube está atento a tudo, do tipo de grama utilizada no CT Rei Pelé a análise de jogadores, sejam jovens ou não.
A busca pela perfeição está no modo de trabalho do treinador argentino. E foi olhando o time santista na Copa São Paulo Júnior que o técnico avistou Wagner Leonardo, de 19 anos, e chamou o atleta para treinar no profissional. A equipe não passou da 1ª fase na competição, mas o jovem zagueiro, que também sabe atuar de volante, passou no teste do professor e parece ter conquistado o seu primeiro passo como atleta profissional.
Na última partida, contra o Guarani, na segunda-feira, Wagner concentrou com a equipe, não escapou do tradicional trote e teve o cabelo rapado pelos companheiros. Mas nada de lamentação pelo fato, pelo contrário.
“Um trote tranquilo, a gente já sabe que quando é relacionado pela primeira vez eles raspam o cabelo, mas pra mim é uma grande alegria, só de estar sendo relacionado, raspar o cabelo é o de menos. Eu estou no clube desde os 10 anos de idade e sonho com isso. A gente trabalha muito. Treinando no society eu olhava para eles (jogadores profissionais) para um dia estar aqui, então é um sonho de criança realizado. Eu estava ansioso, não esperava que fosse tão rápido. Agarrei essa oportunidade, estou trabalhando bastante e agora é focar em poder trazer muita alegria para o Santos”, disse Wagner.
Sampaoli assumiu o Peixe em 2 de janeiro. E desde lá já usou os volantes Sandry, de 16 anos, e Guilherme Nunes (20). Pediu a contratação de Jean Lucas, do Flamengo, que também tem 20 anos, assim como o venezuelano Soteldo, de 21.
Mesclar um grupo de atletas rodados com jovens promessas parece ser o objetivo do técnico. Wagner Leonardo comemora a chance não só de viver um novo ambiente, mas também de aprender com o novo treinador, a quem ele é só elogios.
“Está sendo um aprendizado incrível, um treinador de nível europeu de seleção, só está agregando ao meu futebol e de todos. O Santos está jogando de uma maneira diferente, que a torcida está gostando, que todos estão gostando, enchendo os olhos de todo mundo. Então para mim está sendo espetacular essa experiência”, finalizou o jogador.
Foi meu capitão do Sub 11, quando fui supervisor da base do Santos de 2009 a 2012. Um jovem de caráter invejável. Tem muito futuro dentro do Santos FC.